O dólar comercial segue com valorização no fim da manhã desta segunda-feira e os juros futuros moderaram a alta, refletindo a incerteza sobre a tramitação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados, após a ministra do STF Rosa Weber suspender o pagamento de emendas parlamentares, utilizadas para negociar votos a favor da proposta. Além disso, falas do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, aventando a possibilidade de um aperto da taxa Selic superior a 1,5 ponto percentual na próxima reunião, caso seja necessário, também pressionam as taxas.
Por volta de meio-dia, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subia de 8,42% no ajuste anterior para 8,434%; a do DI para janeiro de 2023 escalava de 12,06% para 12,20%; a do DI para janeiro de 2025 subia de 12,13% para 12,19% e a do DI para janeiro de 2027 ia de 12,09% para 12,06%.
Enquanto isso, o dólar comercial avançava 0,55%, para R$ 5,5498, distanciando-se das máximas do dia, quando chegou a bater R$ 5,5978. O dólar, assim, tem mais valorização diante do real do que em relação a outras divisas emergentes pares.
“A decisão da [ministra Rosa] Weber e [Bruno] Serra [diretor do BC] cogitando uma alta maior que 1,5 ponto percentual dão o tom dos mercados”, aponta um estrategista de uma corretora.
Em entrevista em inglês concedida à Nikkei e publicada hoje, Serra afirmou que “se for necessário aumentar a taxa em mais de 150 pontos base, teremos de fazê-lo”. “Ainda estamos perseguindo o centro da meta [de inflação] para 2022”, disse o diretor do BC ao veículo.
Fonte: Valor Econômico
https://valor.globo.com/financas/noticia/2021/11/08/dolar-e-juros-futuros-tem-forte-alta-com-incertezas-sobre-pec-dos-precatorios.ghtml